Acesso ao Blog - 25/10/2009

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domingo, maio 31, 2009

Papa Bento XVI, fala aos fiéis no mundo inteiro, sobre a importância de Pentecostes para a Igreja


Hoje, domingo de Pentecostes, Bento XVI presidiu a uma solene celebração Eucarística, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Tomaram parte, numerosos cardeais, arcebispos, bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, e milhares de fiéis provenientes de vários países. Durante a oração dos fiéis, foram feitas preces em cinco línguas, entre as quais o português e o chinês.

Na homilia que pronunciou, na solenidade de Pentecostes, Bento XVI partiu das leituras da liturgia, recordando o grande evento eclesial da vinda do Espírito Santo, sobre os Apóstolos, reunidos no Cenáculo, entre os quais Pedro, João e Tiago, as “colunas” da comunidade nascente, e “algumas mulheres”, como Maria, Mãe de Jesus. Aqueles que estavam reunidos ali perfaziam um total de cerca de 120 pessoas, múltiplo de “doze”, que compunha o Colégio apostólico.
O grupo constituía uma autêntica “assembléia”, segundo o modelo da primeira Aliança, a comunidade convocada para escutar a voz do Senhor e trilhar em seus caminhos: “Todos assíduos e concordes na oração”. Portanto, disse o Papa, a oração era a principal atividade da Igreja nascente, através da qual atinge a sua unidade no Senhor e se deixa conduzir pela sua Vontade.

No dia de Pentecostes, são ressaltados os elementos do vento e do fogo. Em particular, o fogo assume forma de línguas, que pairavam sobre cada um dos discípulos, que ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas. E o Pontífice explicou:
“Trata-se de um verdadeiro “batismo de fogo da comunidade, uma espécie de nova criação. Em Pentecostes, a Igreja é constituída, não por vontade humana, mas pela força do Espírito de Deus. E, imediatamente, este Espírito dá vida a uma comunidade que é, ao mesmo tempo, una e universal”. (Bento XVI)

De fato, disse o Bispo de Roma, o Espírito Santo, que cria unidade no amor e na recíproca aceitação das diversidades, pode libertar a humanidade da constante tentação de poder terreno, que tudo quer dominar e uniformizar. Aqui, o Papa citou Santo Irineu, que havia formulado a seguinte verdade:
“Onde está a Igreja, está o Espírito de Deus; onde está o Espírito de Deus, está a Igreja e toda graça; o Espírito é a verdade; distanciar-se da Igreja é rejeitar o Espírito” e, portanto, “excluir-se da vida”. (Santo Irineu de Lyon)
A partir do evento de Pentecostes manifesta-se, plenamente, a união entre o Espírito de Cristo e o Seu Corpo místico, a Igreja. Assim, o Santo Padre se deteve sobre um aspecto peculiar da ação do Espírito Santo, ou seja, sobre o elo entre multiplicidade e unidade:

“No evento de Pentecostes, torna-se claro que pertencem à Igreja multíplices línguas e culturas diferentes, que, na fé, podem ser compreendidas e fecundadas, reciprocamente. Lucas transmitiu uma idéia fundamental: no ato do seu nascimento, a Igreja é católica, universal, porque o Evangelho, que lhe foi confiado, é destinado a todos os povos”. (Bento XVI)


A Igreja, que nasce no dia de Pentecostes, frisou o Bispo de Roma, não é, em primeiro lugar, uma Comunidade particular _ a Igreja de Jerusalém _ mas, a Igreja Católica, que fala as línguas de todos os povos. Dela, depois, nasceram outras Comunidades, em todas as partes do mundo, Igrejas particulares, que partem da única igreja de Cristo, disse o Papa:
“A Igreja católica não é, portanto, uma federação de Igrejas, mas uma única realidade: a prioridade ontológica cabe à Igreja católica universal. Neste sentido, uma comunidade que não se sente católica, não pode nem mesmo ser chamada Igreja”. (Bento XVI)
A seguir, Bento XVI acrescentou outro aspecto: o da visão teológica dos Atos dos Apóstolos acerca do caminho da Igreja de Jerusalém em Roma. Entre os povos representados em Jerusalém, no dia de Pentecostes, Lucas cita também os “estrangeiros de Roma”.
Naquele momento, Roma ainda estava distante, “estrangeira” para a Igreja nascente; ela era símbolo do mundo pagão em geral. Mas, a força do Espírito Santo guiou os passos das testemunhas “até os extremos confins da terra”, portanto, até Roma.

Os Atos dos Apóstolos se concluem quando São Paulo, mediante um desígnio providencial, chega à capital do império para anunciar o Evangelho. Assim o caminho da Palavra de Deus, iniciado em Jerusalém, chega à sua meta, porque Roma representa o mundo inteiro e encarna a idéia de catolicidade, de universalidade. Assim, a Igreja católica, que é o prosseguimento do Povo eleito, realiza a sua história e missão.
Enfim, o Evangelho de João oferece uma palavra, que calha muito bem com o mistério da Igreja, criada pelo Espírito: “Shalom”, “paz”.

Esta expressão não é uma simples saudação, mas é bem mais: o dom da paz prometida e conquistada por Jesus, a preço de seu sangue; é fruto da sua vitória na luta contra o espírito do mal. E o Papa afirmou:
“Nesta festa do Espírito e da Igreja, queremos dar graças a Deus por ter dado ao seu Povo, escolhido e formado em meio aos demais povos, o bem inestimável da paz, a sua Paz! Ao mesmo tempo, renovemos a tomada de consciência da responsabilidade, ligada a esse dom: responsabilidade da Igreja de ser, constitucionalmente, sinal e instrumento da paz de Deus para todos os povos”. (Bento XVI)
Esta foi a mensagem, disse o Pontífice, que ele levou, pessoalmente, à sede da ONU e aos representantes dos povos. A Igreja presta seu serviço à paz de Cristo, sobretudo, com a sua extraordinária presença e ação entre os homens, com a pregação do Evangelho e com os sinais de amor e de misericórdia, que a acompanham.
Entre tais sinais, finalizou o Papa, deve-se ressaltar, principalmente, o Sacramento da Reconciliação, que Cristo ressuscitado instituiu no momento em que transmitiu a seus discípulos a sua Paz e o seu Espírito:
“Como é importante e, infelizmente, pouco compreendido o dom da Reconciliação, que pacifica os corações! A paz de Cristo se difunde somente mediante corações renovados, de homens e mulheres reconciliados e servos da justiça, prontos a difundir, no mundo, a paz com a força única da verdade, sem chegar a pactos com a mentalidade do mundo, porque o mundo não pode dar a paz de Cristo”! (Bento XVI)
Eis como a Igreja pode ser fermento daquela reconciliação que vem de Deus, concluiu o Papa, somente sendo dócil ao Espírito e dando testemunho do Evangelho. Eis o que os Santos e as Santas de todos os tempos testemunharam!
Ao término da Santa Missa, Bento XVI deixou a Basílica Vaticana e subiu ao último andar da Residência Apostólica, para rezar a oração pós-pascal do “Regina Coeli”, - a última deste tempo litúrgico, que se conclui, hoje, - com os milhares de fiéis, reunidos na Praça São Pedro. Na alocução que precedeu a oração mariana, o Santo Padre recordou a importância do dia de Pentecostes, na vida da Igreja e dos cristãos:
“Pentecostes è, portanto, de modo especial, o dia do batismo da Igreja, que empreende a sua missão universal de testemunhar o amor, com a sua prodigiosa pregação nas diversas línguas da humanidade”. (Bento XVI)
O Bispo de Roma concluiu sua alocução, exortando os presentes a redescobrirem a beleza de ser batizados no Espírito Santo; a retomarem a consciência do nosso Batismo e da nossa Confirmação, fontes de graça.
Depois da oração do Ângelus, o Santo Padre recordou aos presentes que segue, com profunda preocupação, a situação no Líbano, onde os combates armados já provocaram numerosos mortos e feridos. Por isso, convidou os libaneses a deixarem de lado toda lógica de contraposição agressiva, que poderia levar o país ao irreparável:
“O diálogo, a mútua compreensão e a busca consciente de um compromisso são o único meio para restituir as suas instituições ao Líbano e a segurança necessária à população, por uma vida digna e rica de esperança no futuro. Desejo a todos, paz e reconciliação!”. (Bento XVI)
Assim, o Papa se despediu dos fiéis, peregrinos e turistas, presentes na oração mariana, concedendo a todos a sua Bênção Apostólica. (MT)
Fonte: Radio Vaticana

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