Acesso ao Blog - 25/10/2009

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sábado, maio 16, 2009

« A verdade tem um nome: Jesus Cristo!Sim, é possível viver a castidade!


O caminho de formação até a maturidade da sexualidade humana é mesmo para que vivamos a arte do amar e do se relacionar de forma plena, construtiva, humana e divina. Esta é uma necessidade vital: devemos aprender a amar para que não nos brutalizemos. Este amor é dom, vem de Deus que é amor (I Jo 4,8). O amor tem uma pedagogia, uma ascese, uma dialética e uma transcendência que não escraviza, mas torna o amor livre.

Diz o Cardeal Martini aos jovens: “Se você não reserva a doação total e exclusiva de si, através do amor manifestado na sua dimensão afetivo-corpórea, através do sexo, para o compromisso do matrimônio, se você quer experimentar tudo antecipadamente, é muito grande a possibilidade que você venha a fracassar por suas debilidades e limites humanos, e pela forma como esse relacionamento foi construído. O amor entre duas pessoas é sempre único. Por isso, é sábio e seguro, humano e divino, inteligente e redentor que deixe o sexo para a sua devida hora. Proteja a relação desta ‘liquidação’ do corpo e do sexo, tão comum nos nossos dias” (Diálogos noturnos em Jerusalém).

A luta pela castidade é contínua, no entanto, não pode virar neurose, masoquismo ou puritanismo. Deus quer, sem dúvida, a nossa coerência, a nossa luta para viver o amor casto, as relações dignas e a transformação do coração em fonte de alegria e não de promiscuidade. Mas sabe que a vida casta é uma luta do homem para não se escravizar ao pecado outra vez e assim, se auto-destruir. Deus está sempre disponível a acolher a nossa nova decisão de recomeçar na luta pela pureza. Deus está sempre disponível a acolher uma vida que fracassou nos seus propósitos de santidade, que errou e que se viu outra vez na lama. A misericórdia de Deus é a de um Pai e nunca a de um carrasco e de um opressor da sexualidade, dos prazeres humanos e da liberdade.

Certamente Deus não nos quer escravos do prazer e da carne. “O pecado é saboroso”, mas nos destrói a comunhão com o amor, com o Belo, com a nossa felicidade, que é Deus mesmo. Devemos crescer no domínio de si, das nossas tendências instintivas e no reto uso das nossas paixões. Há um grande dom, uma grande potência na dimensão sexual, porém, se não é ela educada para a castidade certamente seremos arrastados à escravidão e nos desfiguraremos do dom altíssimo de sermos imagem e semelhança de Deus.

A cultura da beleza e da estética alimenta em nós muitas deficiências, não obstante o seu lado positivo. Alimenta nas pessoas uma doentia necessidade de serem vistas, valorizadas, promovidas, elogiadas e “adoradas”. Estamos carentes em demasia e cada vez mais solitários nos nossos “sites de relacionamentos” e nas nossas “comunidades virtuais”. Há uma solidão que esmaga o coração e a alma. Nunca se viu tantas pessoas fechadas em si mesmas, egocêntricas, deprimidas e com tantas patologias na área dos afetos e das dependências. Os consultórios estão cheios de pessoas neuróticas e psicóticas. Parte disso decorre desta agressiva promoção da promiscuidade e da banalização do corpo e do sexo. Na verdade, somos tragados pela onda do prazer a qualquer custo, aqui e agora, não interessa as consequências. Tudo respira sexo!

Por que se cultua tanto a nudez, a sensualidade feminina e masculina? Por que nossos sentidos são assim tão violentados? A malícia e a sensualidade, antes de chegar às telas, nas músicas e imagens, estão nos nossos olhos e no nosso coração. Isso não é puritanismo, discurso da moral rigorosa da Igreja, mas verdade absoluta de que o amor humano foi debilitado, corrompido e desfigurado quando este homem, livremente, quis “ser Deus” (divinizar-se) sem Deus. Seu coração se desviou orgulhosamente da verdade e da liberdade que plenifica a vida, e agora precisa que o seu coração se volte, se converta a Jesus Cristo, redentor e salvador. Sem a graça a castidade e as forças do amor no coração não podem também serem sublimadas. Não vivem para as suas devidas e altíssimas finalidades.

Viver na impureza atrapalha e desfigura as relações de amizade, de namoro e conjugais. Interfere no modo como o homem se relaciona com Deus, consigo e com os outros. Leva-nos à uma vida dúbia, infrutífera e dada ao fracasso, inclusive, do projeto divino para a nossa vida. Ser íntegro (inteiro) é quase um martírio nos nossos tempos. Com facilidade se ridiculariza uma pessoa que acredita na castidade, na virgindade, no sexo somente para a vocação do matrimônio. Manifestar-se publicamente com essas convicções e com o testemunho de uma vida casta é ser considerado um “extraterrestre”. Mas este é um pequeno preço em relação ao que fez Jesus por nós! Não tenhamos medo do ridículo para optarmos sempre pela pureza.

Chamo a atenção para o devido cuidado com o fato de nos expormos assim tão facilmente aos enganos e seduções do mundo. A internet tem, sem dúvida, a sua “destruidora” contribuição. A oferta de sites pornográficos e a própria onda da sensualidade, do “império do hedonismo” lá reinante é cruel, um calabouço, uma droga que vicia e mata! Nossos sentidos e faculdades do corpo e da alma são atingidos de cheio quando buscamos e nos deleitamos nesses “prazeres momentâneos”, mas que deixam feridas abertas nas nossas vidas e desfiguram a beleza do amor, do pudor, da pureza e da castidade em nós.

Não pensemos que as “imagens pornográficas” sejam apenas contempladas naquele momento e o prejuízo seja também somente enquanto estivermos a sujar nossos olhos. Não, elas se entranham nas nossas áreas mais profundas do cérebro, atestada pela própria psicologia moderna, que é o inconsciente. O que ele registra interfere nas nossas decisões, atitudes e personalidade. Essas imagens podem nos atormentar por muito tempo e até por toda a vida. É um grande prejuízo para a vida espiritual, para a fraternidade, para a beleza e mistério das relações e para a escola do amadurecimento da castidade, quando respiramos dia e noite - por opção ou por não fugir das ocasiões - o ar contaminado da sensualidade e da pornografia.

A sensualidade, a pornografia e a banalização do corpo e do sexo atingem de cheio os valores que dignificam o homem. Atingem de cheio as relações matrimoniais e o ato conjugal. Atingem de cheio a maneira como ordenamos nossos pensamentos, nossos olhares e intenções. O erotismo, com todas as suas sutis formas e meios de promover a promiscuidade, é fator do enfraquecimento da nossa vontade e, consequentemente, compromete nossas decisões. A sensualidade e o erotismo são pontes certas para o adultério, o divórcio, a prostituição infantil, a homossexualidade, a fornicação, gravidez precoce, o aborto, a pedofilia, a perversidade moral, a revolta contra os ensinamentos da Igreja e a distância de Deus por julgá-lo ser um juiz implacável.

“O chamado a ser puro de coração significa ser centrado em Deus. É uma atitude interior assumida diante de Deus e das coisas criadas. É puro de coração quem dá a Deus o justo lugar”. A castidade é bela, é vigor, é potencial que nos faz desabrochar na oração, no amor a Deus e aos irmãos. A castidade é janela para a santidade. Ela nos potencializa para o serviço e a doação plena a Deus e aos outros. A vida de castidade é uma experiência progressiva. Constatamos cada dia nossa impotência e invulnerabilidade, mas temos à nossa disposição a graça de Deus. Ser puro é ser simples, mas sempre com prudência e sem ingenuidade. “A castidade é um chamado a amar, não a fugir dos outros”.

Os mandamentos não nos esmagam porque nos submetem ao amor. O que nos esmaga são o nosso orgulho e independência de Deus. Não deixemos que o mundo neutralize em nós a possibilidade de vivermos de forma feliz e livre, unidos ao Senhor. “A fé nos concede ver segundo Deus e receber o outro como ‘próximo’; permite-nos perceber o corpo humano, o nosso e o do próximo, como templo do Espírito Santo, uma manifestação da beleza divina. (…) A graça eleva as potencialidades do coração à grandeza divina. Cristo é o modelo” (Lexicon, p.270). Olhemos para Cristo e escolhamos o seu projeto de vida, o Evangelho. Coloquemos aí todas as nossas forças, todo o nosso viver. “Onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração” (Mt 6,21).

Saibamos viver a dimensão humana do prazer, também um dom de Deus, para que se realize com o que lhe é próprio de cada tempo. Muitos jovens redescobriram a beleza e o prazer de um namoro casto. Muitos homens e mulheres redescobriram a beleza de um passeio, de uma leitura agradável e construtiva, de um esporte, de um filme, de uma conversa amiga que edifica, da visita aos que sofrem, da promoção da cultura do bem e da pureza e da sabedoria redentora de não estarem sozinhos. Os grupos de jovens, os grupos de oração, a comunidade religiosa e a vivência da fé eclesial os preencheram de sentido e força para optarem pela pureza. São plenamente felizes e “modernos!”

Que Nossa Senhora, o protótipo da humanidade redimida, nos ajude a viver a pureza de coração, da mente e da alma. Que ela nos ajude - mediante a ação do Espírito Santo - a nos vestir das vestes da pureza e da castidade. Escolhamos a Deus sempre e não permaneçamos na vida velha. Sim, é possível ser casto por amor a Deus, primeiramente, e por amor a mim mesmo e aos outros! O olhar e a pureza de uma criança despertam em nós esse profundo desejo de voltarmos a sermos como elas. Que brilhe outra vez nos olhos, no rosto, no coração e na alma a beleza de se viver a catidade e pureza de vida.


Antonio Marcos

Consagrado na Comunidade de Vida Shalom

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