Acesso ao Blog - 25/10/2009

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domingo, agosto 02, 2009

LITURGIA DO DIA : LOUVOR x MURMURAÇÃO


A primeira leitura da liturgia de hoje fala da murmuração, e na segunda temos o louvor que se dá pela nossa vida, por isso hoje trazemos para você dois textos que possam te levar a refletir: MURMURAÇÃO x LOUVOR.

"Não murmureis entre vós"

D.Walmor

A murmuração é um dos sintomas mais reveladores da gravidade da incompreensão. Toda incompreensão é, na verdade, uma prisão. Ela impede a qualquer um alcançar o estágio que lhe credita sabedoria e competência para conduzir a vida adequadamente. Assim é com toda incompreensão. É sua propriedade invalidar as verdades e impedir os avanços necessários advindos da largueza da compreensão. Quando Jesus Mestre aconselha seus contemporâneos a não murmurarem está dizendo-lhes do nível comprometedor de sua incompreensão. Um nível de incompreensão tão grande e arraigado que anula até mesmo a revelação de Deus. O Pai se revela no Filho, pela força de suas obras, e os seus conterrâneos, tão religiosos, são incapazes de perceber a grandeza daquela presença. Não é livre quem não compreende adequadamente a verdade de cada coisa, pessoa, de cada momento da vida. Ajudar a compreender o que realmente é será sempre a meta do Mestre. Não é outra a razão que justifica a condição de discípulo de todos aqueles que d’Ele se acercam e se deixam seduzir na sua verdade.

Começaram a murmurar
É preciso saber que a murmuração é sinal dado pela impossibilidade de admitir novidades ou de perceber os rumos novos para situações estéreis e velhas. A murmuração dos conterrâneos de Jesus revelava deles a incapacidade de perceber que a adesão a Deus ocorre na medida em que se tem coragem de compreender a vida e fazer dela um altar de ofertas, o tempo todo, para o bem de todos. Incomodou muito quando ouviram Jesus dizer ‘Eu sou o pão que desceu do céu’. Nesta revelação Jesus oferece o desafio da oferta de si, ultrapassando lógicas que justificam a permanência no próprio lugar. Também, desafia relembrando que a ação de Deus significa presença libertadora na vida do seu povo. Assim foi uma vez no deserto, na penúria do povo, o alimento que o Senhor dispensou na sua misericórdia. Sua misericórdia, tão próxima na presença amorosa do Filho Amado do Pai, joga por terra os conceitos que encastelam a presença de Deus e a fazem tão distantes dos seus. É difícil compreender que Deus, sendo Deus e por ser Deus, se faça tão próximo dos seus. É mais do que uma simples proximidade. São muitos tipos de proximidade. A proximidade de Deus em Cristo, o Filho, é oferta radical e incondicional de si. Não é fácil continuar a crer num Deus tão próximo e que se revela para compreensão como o Deus da oferta. Ser discípulo deste Deus é aceitar o desafio de depor pretensões e apegos, reaprendendo diuturnamente as lições do amor, nada reservando para si. Aprendendo que é mais de Deus quem mais se oferece para o bem de todos. Nascem perguntas que provam a incapacidade da inteligência humana de compreender a lógica amorosa do coração de Deus. Não há, no entanto, outro caminho.

Todos serão discípulos
Os lugares de importância jamais garantirão a compreensão deste mistério. O mistério desconcertante de um Deus que revela e prova que a sua divindade está na grandeza de sua oferta, fazendo-se alimento para os famintos e força para os peregrinos. Não é menos desconcertante perceber que a experiência deste Deus há de ser feita, por sua escolha e proximidade amorosa, nas circunstâncias mais comuns da vida. Causa, por isso, grande admiração saber que Ele, Jesus, é o filho de José; seu pai e sua mãe são conhecidos de todos. O que é, pois, extraordinário? Não é mais extraordinário o que é inatingível, escondido e intocável. Extraordinário é o amor e também a força de sua oferta. Uma oferta com força para recuperar a vida plena e definitivamente. Só ofertas como a de Deus podem dar certeza de vida plena. Uma conquista que eterniza a condição da filiação, a dignidade maior de cada um. Uma dignidade que se alimenta da intimidade com o Pai. Uma intimidade que justifica viver como prioridade o seu cultivo, criando a consciência e a condição de encontrar a fonte da vida que nunca acabam, fonte da verdadeira felicidade. Esta intimidade é a única real possibilidade de gerar a comunhão. A comunhão que é a chance de comer do pão que desceu do céu. Uma comida que gera a condição de compreender e viver para os outros a mesma medida de oferta de si. E o discípulo compreende que na medida em que mais oferta mais recebe, e nada nunca lhe falta. Sua oferta é o modo insubstituível de dar vida ao mundo. Só assim o mundo redimensiona suas lógicas egoístas e perversas. Uma maestria dos discípulos nascida e alimentada pela comunhão com o Mestre que se oferece, por amor, sem reservas. Uma lição que edifica a verdade do discipulado como condição de aprendizagem da capacidade de viver a vida como oferta de si na medida da oferta de Cristo, de quem todos são, incondicionalmente, discípulos e discípulas.

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