Acesso ao Blog - 25/10/2009

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sábado, abril 24, 2010

O BOM PASTOR


1. O Bom Pastor
As diversas analogias empregadas por Jesus para indicar a sua própria realidade (esposo, irmão, amigo...) podem se resumir naquela do Bom Pastor. Seu ser, seu agir e sua vivência correspondem a esta realidade profunda:
·  É o Bom Pastor. “Eu sou o Bom Pastor” (João 10, 11). O eu sou, tão repetido no evangelho de João, indica o seu ser mais profundo de Filho de Deus que se fez homem, “ungido e enviado” pelo Pai (João 10, 36) e pelo Espírito Santo (Lucas 4, 18).
· Age como Bom Pastor: chama, guia, conduz a bons pastos, defende (João 10, 3ss), quer dizer, anuncia a Boa Nova, se aproxima de cada ser humano para caminhar com ele e para salvá-lo integralmente.
· Vive profundamente no estilo de vida do Bom Pastor, que conhece amando e que “dá a vida pelas ovelhas” (João 10, 11ss), como doação sacrifical segundo a missão e mandato recebido do Pai (João 10, 27-18.36).
As atitudes internas de Cristo Bom Pastor nascem de seu ser e se expressam em sua ação comprometida. Sua interioridade (espírito ou espiritualidade) é o seu caminho ou vida de doação total:
· Amor ao Pai no Espírito Santo,
· Amor aos irmãos,
· Dando-se a si mesmo em sacrifício.
Cristo é o caminho e se faz protagonista do caminho humano com a sua caridade de Bom Pastor:
· Não se pertence porque sua vida se realiza em plena liberdade segundo os planos salvíficos do Pai (obediência),
· Dá-se a si mesmo, sem apoiar-se em nenhuma segurança humana, ainda que usando dos dons de Deus para servir (pobreza),
· Ama responsavelmente como consorte da vida de cada pessoa, fazendo com que todo ser humano sinta-se amado e capacitado para amar em plenitude (virgindade).
2. Cristo Mediador, Sacerdote e Vítima.
Quando dizemos que Cristo é Sacerdote e Vítima, queremos indicar que é responsável dos interesses do Pai e protagonista da história humana, até fazer da sua própria vida uma doação total.
O ser e a existência de Cristo pertencem totalmente aos desígnios salvíficos de Deus sobre o homem. Ele é “ungido e enviado” (Lucas 4, 18; João 10, 36) para a redenção ou resgate do todos os homens (Marcos 10, 45; Mateus 20, 28).
O sacrifício sacerdotal de Cristo consiste em uma caridade pastoral permanente, que se traduz em uma obediência ao Pai, desde o momento da encarnação (Hebreus 10, 5-7) até a morte na cruz e a sua glorificação (Filipenses 2, 5-11).
Sua humilhação (Kenosis) na encarnação e na morte se converte em glorificação sua e de toda humanidade nele.
O sacrifício de Cristo se realiza desde a encarnação e tem seu ponto culminante no mistério pascal de sua morte e ressurreição. Assim leva à plenitude o sacerdócio e o sacrifício de todas as religiões naturais e particularmente do Antigo Testamento.
Cristo é sacerdote, templo, altar e vítima como:
· Sacrifício da Páscoa (Êxodo 12, 1-30)
· Sacrifício da Aliança (Êxodo 24, 4-8)
· Sacrifício de propiciação ou de perdão e expiação (Levítico 16, 1-6).
Cristo se manifesta assim:
Com o seu ser sacerdotal de ungido e enviado, como Filho de Deus feito homem (Hebreus 5, 1-5),
Com o seu atuar ou função sacerdotal como responsável do interesse de Deus e dos homens, até dar a vida em sacrifício por eles (Hebreus 9, 11-15),
Com o seu estilo ou vivência sacerdotal de caridade pastoral, que, conjuntamente com o seu ser e atuar, lhe faz sacerdote perfeito, santo, eficaz e eterno (Hebreus 7, 1-28).
3. Jesus prolongado em sua Igreja, Povo sacerdotal.
A Igreja é uma comunidade ou Povo sacerdotal, como templo de Deus, onde se faz presente e se oferece o sacrifício de Cristo pedra angular e fundamento ( 1 Coríntios 1 ,10-16; 2Corintios 6, 16-18; Efésios 2, 14, 22; LG II). Na comunidade eclesial Cristo prolonga sua presença (Mateus 28, 20), sua palavra (Marcos 16, 15), seu sacrifício (Lucas 22, 19-20) e sua ação salvífica e pastoral (Mateus 28, 18; João 20, 23).
A Igreja, como sinal transparente e portador de Jesus e como um povo sacerdotal:
- Anuncia o mistério pascal de sua morte e ressurreição,
- Celebra-o fazendo-o presente,
- Transmite-o e comunica-o a todos os homens (Atos 2,32-37; 2,42-48; 4,32-34).
 Na igreja existe uma tríplice consagração sacerdotal que faz participar do sacerdócio de Cristo em grau e modo diverso:
- O sacramento do batismo, que incorpora a Cristo Sacerdote para poder atuar no culto cristão participando em seu ser, agir e vivência sacerdotal.
- O sacramento da confirmação que faz da vida um testemunho audaz (martírio), especialmente nos momentos de dificuldade (fortaleza), de perfeição e de apostolado.
- O sacramento da ordem que dá a capacidade de agir em nome e na pessoa de Cristo Cabeça, formando parte do sacerdócio ministerial (hierárquico) ou ministério apostólico dos apóstolos.
4.      O sacerdócio comum de todo crente.
 O sacerdócio comum dos fiéis e de todo crente é o que corresponde basicamente a toda vocação e estado de vida, por ter recebido o batismo e a confirmação. Cada crente, segundo sua própria vocação a realizará basicamente em relação à eucaristia e ao mandato do amor, mas com matizes diferentes:
De presidência na comunidade (sacerdócio ministerial),
De sinal forte ou estimulante da caridade (vida consagrada),
De inserção no mundo (laicato).
 A diferença entre as diversas participações do sacerdócio de Cristo indica mútua relação de serviço e de caridade sem diferença de privilégios ou vantagens humanas.
Podemos distinguir nesta participação do sacerdócio de Cristo três aspectos: o ser, o agir e o estilo de vida.
Do ser deriva o agir e a exigência de uma vida santa.
Ainda que todos são membros do Povo de Deus (leigos), dedicados ao serviço de Deus (consagrados) e participantes do único sacerdócio de Cristo (sacerdotes) acostumamos a qualificar com estes títulos os cristãos que tem uma vocação peculiar de:
· Laicato: “aos leigos corresponde por vocação própria, tratar de obter o Reino de Deus” (LG 31). São, pois, fermento do espírito evangélico nas estruturas humanas, a partir de dentro, em comunhão com a Igreja para exercer uma missão própria (LG 36; AA 2-4; GS 43).
· Vida consagrada: é sinal forte das bem aventuranças e do mandato do amor, a modo de “sinal e estímulo da caridade” (LG 42), por meio da prática permanente dos conselhos evangélicos (LG 43-44; PC 1). As pessoas chamadas a esta vocação “são um meio privilegiado de evangelização” porque “encarnam a Igreja desejosa de entregar-se ao radicalismo das bem aventuranças” (EN 69).

Sacerdócio ministerial: é sinal pessoal de Cristo Sacerdote e Bom Pastor, a modo de “instrumento vivo” (PO 12), para agir “em seu nome” (PO 2) e servir na comunidade eclesial, como princípio de unidade de todas as suas vocações, ministérios e carismas (PO 6.9).

Fonte: Presbíteros

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