Acesso ao Blog - 25/10/2009

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quinta-feira, abril 16, 2009

O Espírito da promessa Espiritualidade


Escutemos a passagem de Romanos 8, sobre a qual vamos meditar hoje:


«Também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos em nós mesmos, aguardando a adoção, a redenção do nosso corpo. Porque pela esperança é que fomos salvos. Ora, ver o objeto da esperança já não é esperança; porque o que alguém vê, como é que ainda o espera? Nós que esperamos o que não vemos, é em paciência que o aguardamos.» (Rom 8, 23-25)
A mesma tensão entre promessa e cumprimento que se observa na Escritura a propósito da pessoa de Cristo, percebe-se também com relação à pessoa do Espírito Santo. Como Jesus primeiro foi prometido nas Escrituras, depois se manifestou segundo a carne e por último se espera em seu retorno final, assim o Espírito, em um tempo «prometido pelo Pai», foi dado em Pentecostes e agora de novo o espera e invoca «com gemidos inefáveis» o homem e toda a criação, que tendo aproveitado as primícias, aguardam a plenitude de seu dom.

Neste espaço que se estende de Pentecostes à Parusia, o Espírito é a força que nos impulsiona adiante, que nos mantém em caminho, que não nos permite acomodar-nos e converter-nos em um povo «sedentário», que nos faz cantar com um sentido novo os «salmos das ascensões»: «Que alegria quando me disseram: vamos para a casa do Senhor!». Ele é quem nos dá impulso e põe asas em nossa esperança; mais ainda: é o próprio princípio e a alma de nossa esperança.

Dois autores nos falam do Espírito como «promessa» no Novo Testamento: Lucas e Paulo, mas, como veremos, com uma importante diferença. No Evangelho de Lucas e nos Atos dos Apóstolos é o próprio Jesus quem fala do Espírito como «a promessa do Pai». «Eu – diz – enviarei sobre vós a promessa de meu Pai»; «Enquanto estava comendo com eles, mandou que não se ausentassem de Jerusalém, mas que aguardassem a promessa do Pai, ‘que ouvistes de mim: que João batizou com água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo dentro de poucos dias’» (Atos 1, 4-5).

A que se refere Jesus quando chama o Espírito Santo de promessa do Pai? Onde o Pai fez esta promessa? Pode -se dizer que todo o Antigo Testamento é uma promessa do Espírito. A obra do Messias se apresenta constantemente como culminante em uma nova efusão universal do Espírito de Deus sobre a terra. A comparação com o que Pedro diz no dia de Pentecostes mostra que Lucas pensa, em particular, na profecia de Joel: «Acontecerá nos últimos dias, diz Deus: Derramarei meu Espírito sobre toda carne» (Ez 36, 27).
Quanto ao conteúdo da promessa, Lucas sublinha, como de costume, o aspecto carismático do dom do Espírito, em especial a profecia. A promessa do Pai é «o poder do alto» que tornará os discípulos capazes de levar a salvação aos confins da terra. Mas não ignora os aspectos mais profundos, santificadores e salvíficos, da ação do Espírito, como a remissão dos pecados, o dom de uma lei nova e de uma nova aliança, como se deduz da aproximação que traça entre o Sinai e Pentecostes. A frase de Pedro: «a promessa é para vós» (Atos 2, 39) se refere à promessa da salvação, não só da profecia ou de alguns carismas.

por Frei Raniero Cantalamessa - ofmcap, Pregador do Vaticano
Frei Raniero

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