Acesso ao Blog - 25/10/2009

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sábado, maio 09, 2009

A vocação sublime de ser mãe


Quando nos debruçamos sobre as Sagradas Escrituras, especialmente no Antigo Testamento, encontramos ali uma das imagens de Deus que muito nos impressiona. Ele leva o seu povo nas suas entranhas (cf. Is 46,3). Ama-o com ciúmes e o defende dos inimigos. Deus parece amar como uma mãe, mas o Seu amor vai além: “Ainda que uma mãe esqueça do seu filho, eu não o esquecerei” (cf. Is 49,15) Como não nos maravilhar pelo fato de termos sido gerados pelas “entranhas de misericórdia” de Deus?
Uma linda canção que atualmente se canta na Comunidade Católica Shalom diz: “Quem é esse Deus que chora a nossa dor como uma mãe (…) quem é esse Deus pra nos amar assim?”. É vivendo este mistério do amor e da misericórdia de Deus que contemplamos e nos maravilhamos com o mistério da maternidade humana e espiritual de nossas mães. Elas hoje são lembradas no calendário civil, mas o são cada dia e cada hora pelo coração do filho que reconhece, com gratidão, que sua mamãe se distingue de qualquer outra, independente das suas fraquezas e limitações.
O que seria de muitos de nós se a nossa mamãe não tivesse sido “salvação”, âncora, bússola, força, estímulo, esperança? Elas compreendem cedo que precisam do sustento do filho, que precisam das mínimas condições humanas para educá-los, que precisam da paternidade do pai, mas, por natureza, sabem que somente o amor dignifica plenamente a vida do filho. Quando lhes falta tudo, apostam no amor e se lançam na aventura sublime de educarem seus filhos até às últimas consequências. São fortes, são heróis, são mártires. Trazem consigo uma força e um instinto extraordinários. Choram, sofrem, cuidam, perdem, riem, recomeçam, perdoam, são mães!
“Amar até doer”, dizia Madre Teresa de Calcutá! Mas também diz isso a vida de quem se recusa a abortar ou corre todos os riscos pela vida do filho. Amar altruistamente! Talvez seja a única palavra que mais defina a vocação sublime de ser mãe! A mãe é ponte por onde se “passa do nada (ex nihilo) para a claridade desta vida, dom de Deus”. Já na claridade desta vida, Deus concede a face e a ternura da mãe como ponte para encontrar a Dele. A maternidade e presença da mãe é autoridade divina. A vocação da mãe remete sempre à saudade que o coração tem do amor de Deus. Por isso, quem ridiculariza sua mãe cai num abismo de dor e de separação com Deus.
A maternidade biológica é sinal de doação, morte pra si mesmo e desprendimento do dom do filho. Quando o filho nasce a “mãe começa a morrer” porque fará da sua vida uma plena doação, esquecimento de si, renúncia, heroísmo e altruísmo. Deus nos ama como uma mãe! Por isso nos trouxe ao mundo pelo dom da paternidade e da maternidade. Gera-nos para a vida da graça na fé da Mãe Igreja. Confia-nos aos cuidados da proteção e intercessão de uma Mãe, a Virgem Maria.
A maternidade espiritual é fecundidade que me põe de pé diante da cruz, que me ensina que a vida é obra da gratuidade de Deus. A mãe espiritual indica e conduz ao céu. As mães espirituais reluzem também a beleza da Mãe Igreja. Esse mistério que envolve cada mãe foi possível contemplar aos pés da cruz. Lá tudo terminou com a oferta. “Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito; mulher, eis aí o teu filho; filho eis aí tua mãe!”
Também faz parte da vocação de ser mãe a sabedoria, a renúncia e a coragem de dar de graça o que de graça se recebe. Os filhos são de Deus primeiramente, portanto, cuidar e sofrer com eles, significa amar até o fim, na certeza de que quando se dá um filho para Deus, faz-se a melhor das ofertas. Não é este o maravilhoso testemunho de Santa Mônica para com o seu filho Santo Agostinho? Dia e noite ela rogou de joelhos ao Senhor, durante vinte anos, que o chamasse para o seu círculo de bem-aventurados. Chorou intensamente a Deus pelos erros do filho. Um dia Mônica foi procurar Santo Ambrósio em lágrimas, Bispo da sua Cidade, depois de receber suas recomendações uma primeira vez, e lhe pediu ajuda para conduzir Agostinho para a Igreja. Respondeu-lhe o servo de Deus: “Vá e viva em paz, pois é impossível que possa perecer um filho de tantas lágrimas”. Ela acreditou ser estas palavras voz de Deus, e delas não abriu mão (cf. Santo Agostinho. Confissões, III,11.12).
Neste dia das Mães, também esta palavra de esperança para todas as mamães marcadas pela dor, pelo abandono do seu cônjuge, pelo flagelo do adultério. Uma palavra de esperança para todas as mamães que se encontram no sofrimento com o filho doente, drogado, alcoolizado, desaparecido, desempregado. Uma palavra de esperança para as mamães que se encontram nos albergues e nos abrigos, que tudo e a todos perderam com as enchentes; que estão nas casas de tratamento mental, vítimas da AIDS, nas prisões, abandonadas pelos filhos. Uma palavra de esperança para as esposas que não podem ser mamães por causa da esterilidade ou outras complicações de saúde. A vocês mamães, a esperança de que a solidariedade humana e a luz da fé não desapareceram de vossas vidas. Também uma prece e uma oração por vocês!
Parabéns minha querida mamãe! A gratidão é a memória do coração e a expressão do amor. Neste dia queremos confiar cada Mãe nas mãos e no coração cheio de ternura de Maria, Nossa Mãezinha amada, Virgem de Nazaré. Foi diante da cruz que ela mais claramente compreendeu a sua altíssima missão de ser a Mãe do Salvador e Mãe nossa. Também Tu, Maria, ajude cada mamãe a viver sua missão, sublime missão. Acima de tudo, ensina a mamãe de hoje a rezar, a ter fé, a viver de esperança, da própria vida de Deus, para que “vivam o dom da maternidade como vocação à salvação” (cf. I Tm 2,15).

Que cada mamãe seja para os filhos, para o esposo e para o lar, um céu de ternura, aconchego e calor. Que a oração seja a força, o remédio, o sustento. Ó Maria, Virgem e Mãe, sejas Tu, a Soberana consolação de cada mamãe. Amém!

Antonio Marcos
Consagrado na Comunidade de Vida Shalom
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