Acesso ao Blog - 25/10/2009

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quarta-feira, janeiro 13, 2010

A nova geração sente sede de transcendência


Na audiência concedida ao primeiro grupo de Bispos brasileiros em visita “ad limina”, Bento XVI lembrou a necessidade de uma adequada formação dos seminaristas, na fidelidade às normas universais da Igreja.

Como Sucessor de Pedro e Pastor universal, posso assegurar-vos que o meu coração vive dia a dia as vossas inquietudes e cansaços apostólicos, não cessando de lembrar junto a Deus os desafios que enfrentais no crescimento das vossas comunidades diocesanas.
Em nossos dias, e concretamente no Brasil, os trabalhadores na Messe do Senhor continuam a ser poucos para a colheita que é grande (cf. Mt 9, 36-37). Não obstante a carência sentida, é verdadeiramente essencial uma adequada formação daqueles que são chamados a servir o Povo de Deus. Por essa razão, no âmbito do Ano Sacerdotal em curso, permiti que me detenha hoje a refletir convosco, amados Bispos do Oeste brasileiro, sobre a solicitude própria do vosso ministério episcopal que é a geração de novos pastores.

O bom Deus tem pressa de que todos os homens se salvem
Embora seja Deus o único capaz de semear no coração humano a chamada para o serviço pastoral do Seu povo, todos os membros da Igreja deveriam interrogar-se sobre a urgência íntima e o real empenho com que sentem e vivem esta causa. Um dia, quando alguns dos discípulos temporizavam observando que faltavam “ainda quatro meses” para a colheita, Jesus rebateu: “Pois Eu vos digo: Levantai os olhos e vede os campos, como estão dourados, prontos para a colheita” (Jo 4, 35).

Deus não vê como o homem! A pressa do bom Deus é ditada pelo seu desejo de que “todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (I Tm 2, 4). Há tantos que parecem querer consumir a vida toda em um minuto, outros que vagueiam no tédio e na inércia, ou abandonam-se a violências de todo gênero. No fundo, não passam de vidas desesperadas à procura da esperança, como o demonstra uma difusa — embora às vezes confusa — exigência de espiritualidade, uma renovada busca de pontos de referência para retomar a estrada da vida.

Após o Concílio, deixou-se de falar de certas verdades fundamentais da Fé
Prezados Irmãos, nos decênios sucessivos ao Concílio Vaticano II, alguns interpretaram a abertura ao mundo, não como uma exigência do ardor missionário do Coração de Cristo, mas como uma passagem à secularização, vislumbrando nesta alguns valores de grande densidade cristã, como igualdade, liberdade, solidariedade, mostrando-se disponíveis a fazer concessões e descobrir campos de cooperação.

Assistiu-se assim a intervenções de alguns responsáveis eclesiais em debates éticos, correspondendo às expectativas da opinião pública, mas deixou-se de falar de certas verdades fundamentais da Fé, como do pecado, da graça, da vida teologal e dos novíssimos. Insensivelmente caiu-se na autossecularização de muitas comunidades eclesiais; estas, esperando agradar aos que não vinham, viram partir, defraudados e desiludidos, muitos daqueles que tinham: os nossos contemporâneos, quando vêm ter conosco, querem ver aquilo que não veem em parte alguma, ou seja, a alegria e a esperança que brotam do fato de estarmos com o Senhor ressuscitado.

A nova geração sente uma grande sede de transcendência
Atualmente há uma nova geração já nascida neste ambiente eclesial secularizado que, em vez de registrar abertura e consensos, vê na sociedade o fosso das diferenças e contraposições ao Magistério da Igreja, sobretudo em campo ético, alargar-se cada vez mais. Neste deserto de Deus, a nova geração sente uma grande sede de transcendência.
São os jovens desta nova geração que batem hoje à porta do Seminário e que necessitam encontrar formadores que sejam verdadeiros homens de Deus, sacerdotes totalmente dedicados à formação, que testemunhem o dom de si à Igreja, através do celibato e da vida austera, segundo o modelo do Cristo Bom Pastor. Assim esses jovens aprenderão a ser sensíveis ao encontro com o Senhor, na participação diária da Eucaristia, amando o silêncio e a oração, procurando, em primeiro lugar, a glória de Deus e a salvação das almas.

Amados Irmãos, como sabeis, é tarefa do Bispo estabelecer os critérios essenciais para a formação dos seminaristas e dos presbíteros na fidelidade às normas universais da Igreja: neste espírito devem ser desenvolvidas as reflexões sobre este tema, objeto da assembleia plenária da vossa Conferência Episcopal, em abril passado.
Reproduzir na própria vida a caridade do Bom Pastor
Certo de poder contar com o vosso zelo no tocante à formação sacerdotal, convido todos os Bispos, seus sacerdotes e seminaristas a reproduzirem na vida a caridade de Cristo Sacerdote e Bom Pastor, como fez o Santo Cura d’Ars. E, como ele, tomem por modelo e proteção da própria vocação a Virgem Mãe, que correspondeu de um modo único ao chamado de Deus, concebendo no Seu coração e na Sua carne o Verbo feito homem para doá-Lo à humanidade.

(Excerto do discurso aos Bispos dos Regionais Oeste 1 e 2 da CNBB, 7/9/2009)

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