Acesso ao Blog - 25/10/2009

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terça-feira, outubro 12, 2010

Solenidade de Nossa Senhora da Conceição AParecida

No dia 12 de outubro é celebrado no Brasil a festa de sua Padroeira  principal, Nossa Senhora Aparecida. Desde o descobrimento do Brasil cultiva-se aqui a devoção a Nossa Senhora. Os portugueses descobridores do país tinham-na aprendido e usado desde a sua infância; os primeiros missionários recomendavam e propagavam-na onde se fundavam cidades, construíam-se igrejas em honra de Nossa Senhora e celebravam-se com grandes solenidades as suas festas. Foi certamente em recompensa desta constante devoção que a Virgem Santíssima quis estabelecer no Brasil um centro de sua devoção, um trono de graças, um santuário em nada inferior aos grandes santuários de outros paises.
Data do ano de 1717 a origem da romaria de Nossa Senhora Aparecida. Três pescadores, de nome Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso, moradores nas margens do rio Paraíba, no município de Guaratinguetá, estavam um dia pescando em suas canoas, sem conseguir durante longas horas pegar peixe algum. Lançando João Alves mais uma vez sua rede na altura do porto de Itaguassu, retirou das águas o corpo de uma imagem, mas sem cabeça e, lançando mais abaixo de novo a rede, colheu também a cabeça da imagem. Envolveu-a em um pano e continuou a pesca. Desde aquele momento foi tão abundante a pescaria, que em poucos lanços encheram as canoas e tiveram de suspender o trabalho para não naufragarem.

Eram certamente extraordinários esses fatos; o encontro da imagem, da qual nunca se soube quem a tivesse atirado à água, o encontro da cabeça a qual naturalmente devia ser arrastada mais longe pela correnteza da água, e além disto dificilmente podia ser colhida em rede de pescador, enfim, a pesca abundante que seguiu o encontro da imagem. Os pescadores limparam, pois, com grande cuidado e respeito a misteriosa figura e com grande satisfação verificaram que era uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Colocaram-na no oratório de sua pobre morada e diante dela começaram a fazer suas devoções diárias. Não tardou a Virgem Santíssima a mostrar por novos sinais que tinha escolhido essa imagem para distribuir favores especiais aos seus devotos. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam as luzes de repente apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo já não eram somente os pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. Construiu-se dentro em pouco um oratório e após alguns anos, com a intervenção do vigário da paróquia, uma capelinha.
As graças que Nossa Senhora ali concedia, aumentavam, e com elas a concorrência do povo. Impunha-se a construção de uma capela maior e em lugar mais elevado. Estava ali perto o Morro dos Coqueiros, o mais vistoso de todos os altos que margeiam o Paraíba. Ali, pois, no cume do morro foi começada em 1743 a construção de uma capela espaçosa, a qual foi terminada em 1745; no dia 26 de Julho foi benta e celebrou-se nela a primeira Missa. A imagem de Nossa Senhora da Conceição, já então chamada por todos de Aparecida, estava em seu lugar definitivo e o morro que escolheu para fixar a sua residência, mudou por ela seu nome.

Aparecida tornou-se desde então conhecida pelos Estados vizinhos e por todo o Brasil. Numerosas caravanas de romeiros vinham mesmo de grandes distâncias, em viagens penosas de dias e semanas, para visitarem Nossa Senhora Aparecida, lhe renderem graças e pedirem a sua proteção. O nome da Senhora Aparecida era por todos invocado nos momentos de aflição e perigo, a sua devoção era conhecida e praticada em quase todas as casas. A capela de Nossa Senhora Aparecida foi diversas vezes reformada e aumentada até que em 1846 começou a ser substituída pela igreja atual. Entretanto as obras então começadas sofreram interrupção de muitos anos, sendo concluídas somente em 1888. A 8 de Dezembro desse ano foi o novo santuário bento e inaugurado pelo bispo diocesano, Dom Lino Rodrigues de Carvalho.
Feita a construção material, tratou o ilustre prelado de prover o santuário de um número eficiente de sacerdotes. Por isto pediu e obteve a vinda de Religiosos da Congregação Redentorista, que chegaram em 1894 e desde então exercem a direção espiritual da igreja e da romaria.
Novo progresso da romaria trouxe o ano jubilar de 1900, em que por iniciativa do arcebispo do Rio de Janeiro e do bispo de São Paulo, foram organizadas peregrinações diocesanas e paroquiais ao santuário de Nossa Senhora Aparecida. Desde então, além dos romeiros que vêm sós ou em pequenos grupos, chegam anualmente em Aparecida numerosas peregrinações chefiadas pelo respectivo bispo ou vigário e contando centenas, por vezes, milhares de romeiros. Até de pontos muito distantes, como do Rio Grande do Sul e de Pernambuco, já vieram a Aparecida romarias numerosas e bem organizadas.

Um dia grande foi para os devotos de Nossa Senhora Aparecida o dia 8 de Setembro de 1904, em que a imagem foi coroada por ordem do Santo Padre. Assistiram a grandiosa solenidade o Núncio Apostólico e todo o episcopado do sul do Brasil, sendo o norte representado pelos bispos de Goiás e Manaus. Também o presidente da República mandou um representante. Uma multidão enorme, representação condigna de todo o povo brasileiro, prestou entusiásticas ovações a Nossa Senhora no momento de sua coroação. Todo o episcopado e povo fizeram solene consagração a Nossa Senhora Aparecida. No mesmo dia foi inaugurado o monumento à Imaculada em frente do santuário.
Depois da coroação o Santo Padre concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida, indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao santuário. Em 1908 elevou a igreja de Nossa Senhora à dignidade de Basílica. Por este motivo ela foi solenemente sagrada a 5 de Setembro de 1909 e no ano seguinte foram nela depositados os ossos de São Vicente Mártir trazidos de Roma com permissão do Papa.
O segundo centenário do encontro da imagem milagrosa foi celebrado durante todo o ano de 1917 com grande piedade e solenidade, com a presença de muitos bispos e de um número extraordinário de peregrinações. O Santo Padre tinha concedido para este ano uma indulgência plenária em forma de jubileu.
De excepcional importância e brilho revestiram-se as festas do 25° aniversário da coroação da imagem milagrosa, em Setembro de 1929. Grandes solenidades religiosas, romarias em todos os dias de novena, a assistência de vinte e três Arcebispos e Bispos, três dias de Congresso Mariano deram aos festejos uma importância extraordinária.
Nas festas e no congresso sempre se manifestou o desejo que Nossa Senhora Aparecida fosse declarada oficialmente padroeira do Brasil, e o episcopado apresentou este desejo ao Santo Padre.
Acolheu o Papa favoravelmente os pedidos dos bispos e dos católicos do Brasil, e por decreto de 16 de Julho de 1930 proclamou a Virgem Aparecida Padroeira principal de todo o Brasil. Eis os trecho mais importantes do decreto pontifício: “Por motu próprio e por conhecimento certo e madura reflexão Nossa, na plenitude de Nosso poder Apostólico, pelo teor das presentes Letras, constituímos e declaramos a Beatíssima Virgem Maria concebida sem mancha, sob o título de Aparecida, Padroeira principal de todo o Brasil diante de Deus, acrescentando os privilégios litúrgicos e as outras honras que pelo costume competem aos Padroeiros dos lugares principais. Concedendo isto para promover o bem espiritual dos fiéis no Brasil e para aumentar cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus, decretamos que as presentes Letras estão e ficam sempre firmes, válidas e eficazes e surtem seus plenos e inteiros efeitos”.
Certamente o Santo Padre não podia revestir de termos mais expressivos a sua benévola disposição de declarar Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil e a sua exortação aos fiais de progredirem cada vez mais em sua devoção à Virgem Aparecida.

O decreto pontifício foi recebido no Brasil com a maior satisfação, e foi solenemente publicado na Basílica de Nossa Senhora Aparecida. Fez-se a consagração do Brasil á Nossa Senhora e em sinal desta consagração foi colocada no altar de Nossa Senhora a bandeira auriverde da pátria.
Entretanto o cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro queria celebrar e de modo mais solene possível, na própria Capital Federal o Padroado de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e a consagração oficial do Brasil. Para este fim promoveu a ida da imagem milagrosa de Nossa Senhora ao Rio de Janeiro. O povo da cidade preparou-se para o grande dia por uma solene e fervorosa Semana Mariana,.

No dia 30 de Maio de 1931, ao cair da noite, foi a imagem de Nossa Senhora embarcada em um trem especial, acompanhada do sr. arcebispo e de todo o cabido metropolitano de São Paulo, dos padres redentoristas capelães da Basílica de Nossa Senhora e de comissões de Aparecida e São Paulo. O carro-salão estava transformado em capela onde a imagem foi colocada sobre um trono; todos os carros, especialmente a máquina, estavam caprichosamente adornados.
Apesar de fazer-se a viagem de noite, parecia ela uma imensa procissão. Em todas as estações em que o comboio parava, via-se reunida toda a população, cantando hinos, levantando vivas, oferecendo flores. Mesmo fora das estações, ao longo da linha, estavam muitas pessoas ajoelhadas, de vela acesa na mão, assistindo a passagem da Mãe Celestial.

O trem de Nossa Senhora entrou no Rio pela manhã. Uma multidão imensa enchia a estação, e toda a praça fronteira, imensas aclamações de entusiasmo e amor filial acolheram a imagem da grande Padroeira, e acompanharam-na pelas ruas da cidade. Na praça da igreja de São Francisco de Paula foi celebrada Missa Campal e depois a imagem milagrosa seguiu para a Catedral, onde ficou até à hora da procissão.
A procissão foi de uma grandiosidade indescritível. Nela desfilaram todas as associações religiosas da capital: abriram o cortejo os escoteiros católicos, milhares de homens das Ligas Católicas, os moços das Congregações Marianas, seguiram as Filhas de Maria de todas as paróquias da capital em número de mais de trinta mil, e as outras associações, irmandades e ordens terceiras. A imagem de Nossa Senhora Aparecida colocada sobre um automóvel era precedida de um grande número de sacerdotes e seguida de perto de quarenta bispos e do cardeal-arcebispo rodeado de sua corte cardinalícia. Soldados do exército e da marinha marchavam de ambos os lados do cortejo, bom número de oficiais de alta patente seguiam a corte cardinalícia, seis aviões da marinha cruzavam nos ares. Os passeios das avenidas e as janelas das casas festivamente or­nadas, estavam apinhadas de uma multidão incalculável. Na passagem de Nossa Senhora Aparecida todos aclamavam-na num frenesi de entusiasmo: erguiam vivas, batiam palmas, entoavam cânticos, atiravam pétalas de rosas, estendiam os braços em súplica ardente e fervorosa.

Depois de passar, debaixo destas manifestações, as ruas 1° de Março e Visconde de Inhaúma e as avenidas Rio Branco e das Nações, num percurso de três horas e meia, a procissão chegou na vastíssima Esplanada do Castelo, que se encheu toda de povo. Foi certamente de mais de um milhão o número de pessoas que neste dia veneraram e aclamaram Nossa Senhora Aparecida. No alto de um tablado, levantado na extremidade da Esplanada, na presença de todos os bispos, do presidente da República e de altas autoridades civis e militares, fez o cardeal-arcebispo junto com todo o povo a consagração de todo o Brasil a Nossa Senhora Aparecida e recomendou a ela todas as classes do povo e todos os interesses e necessidades da pátria. Por fim abençoou a multidão com a imagem de Nossa Senhora.
Na volta do “trem-santuário” que se deu na mesma noite, repetiram-se as cenas comoventes da ida. Também todas as estações pequenas, já cientes de que a querida Mãe Aparecida ia passar, pediram e obtiveram a parada do trem e em todas houve as mais afetuosas demonstrações de devoção e amor filial.
Nossa Senhora da Conceição Aparecida já tem mostrado de modo evidente a proteção que dispensa ao Brasil. Quando em 1932 o Brasil foi ensangüentado por lutas fratrícidas, deram-se duros combates desde as divisas de São Paulo com o Rio. Mas quando as forças chegaram em Aparecida, a luta cessou e a paz se restabeleceu. Quando em 1934 foi elaborada a nova Constituição do Brasil, que devia restituir a Deus o Brasil e ao povo brasileiro a liberdade de consciência pelo ensino religioso nas escolas, a assistência religiosa nos quartéis e o matrimônio cristão, tudo correu favoravelmente e no dia 31 de Maio, terceiro aniversário da ida de Nossa Senhora Aparecida ao Rio, recebeu todo o país a comunicação de que a Constituinte tinha aprovado todos os postulados católicos.

Seria impossível enunciar e descrever os favores que Nossa Senhora Aparecida já tem concedido aos seus devotos em suas necessidades, muitas vezes mesmo milagrosos que a todos deixam admirados.
Seria igualmente impossível, contar os benefícios espirituais que ela tem concedido pela conversão de pecadores há muito afastados de Deus, pela tranqüilidade restituída a muitas consciências e por inúmeras outras graças espirituais. — A devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, aprovada pela Santa Igreja e confirmada por tantos milagres, é de sumo proveito para todos, e deve ser praticada por todos os habitantes desta terra de que é gloriosa Rainha.

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