Acesso ao Blog - 25/10/2009

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quarta-feira, junho 16, 2010

Fé e razão são plenamente compatíveis, defende Bento XVI

Desta vez, o Papa centrou sua reflexão na compatibilidade entre fé e razão, a partir do ensinamento do teólogo dominicano que viveu no século XIII. Acerca da contribuição de São Tomás no processo de repensar a relação entre filosofia e teologia, destacou:

"A questão premente era esta: o mundo da racionalidade, a filosofia pensada sem Cristo, e o mundo da fé são compatíveis? Ou se excluem um ao outro? Não faltavam elementos que afirmavam a incompatibilidade entre os dois mundos, mas São Tomás esta firmemente convencido da sua compatibilidade - também que a filosofia elaborada sem o conhecimento de Cristo quase que esperava a luz de Jesus para ser completa. [...] A fé consolida, integra e ilumina o patrimônio da verdade que a razão humana adquire. A confiança que São Tomás dispensa a estes dois instrumentos de conhecimento - a fé e a razão - pode ser atribuída à convicção de que ambos provêm da única fonte de toda a verdade, o Logos divino, que atua seja no âmbito da criação, seja no da redenção".

Bento XVI salientou que, apesar dessa relação harmônica, fé e razão se utilizam de processos cognitivos diferentes.

"A razão acolhe uma verdade por força de sua evidência intrínseca, mediata ou imediata; a fé, contudo, aceita uma verdade com base na autoridade da Palavra de Deus que se revela", explicou.

Além disso, o Santo Padre ressaltou que tal distinção não equivale à separação, mas implica uma mútua e benéfica cooperação.

"A fé, de fato, protege a razão de toda a tentação de desconfiança nas próprias capacidades, a incentiva a se abrir a horizontes sempre mais amplos, mantém viva a busca dos fundamentos e, quando a razão mesma é aplicada na esfera sobrenatural do relacionamento entre Deus e o homem, enriquece o seu trabalho. [...] Por outro lado, não é somente a fé que ajuda a razão. Também a razão, com os seus meios, pode fazer algo de importante pela fé".


Falar de Deus

O Pontífice citou que São Tomás foi quem estabeleceu, com argumentos puramente filosóficos, o fato de que com a Revelação o próprio Deus falou à humanidade e, portanto, a autorizou a falar d'Ele.

"Considero importante chamar atenção para esta doutrina. Essa, de fato, nos ajuda a superar algumas objeções do ateísmo contemporâneo, que nega que a linguagem religiosa seja fornecida com um significado objetivo, e sustenta, ao contrário, que tenha apenas um valor subjetivo ou simplesmente emotivo. Essa objeção decorre do fato de que o pensamento positivista está convencido de que o homem não conhece o ser, mas somente as funções experimentáveis da realidade. Com São Tomás e com a grande tradição filosófica, estamos convencidos de que, na realidade, o homem não conhece apenas as funções, objeto das ciências naturais, mas conhece algo do próprio ser - por exemplo, conhece a pessoa, o Tu do outro, e não apenas o aspecto físico e biológico do seu ser".

O Papa lembrou um princípio básico do pensamento de São Tomás: a Graça divina não anula, mas supõe e aperfeiçoa a natureza humana, que não está completamente corrompida devido ao pecado, mas ferida e enfraquecida. A Graça de Deus seria um dom gratuito que cura a natureza, a fortalece e ajuda a buscar a felicidade.

"A Graça divina acompanha, sustenta e incentiva o compromisso ético, mas, de per si, segundo São Tomás, todos os homens, crentes e não crentes, são chamados a reconhecer as exigências da natureza humana expressas na lei natural e a se inspirar nela para a formulação das leis positivas, isto é, aquelas emanadas pelas autoridades civis e políticas para regular a convivência humana. Quando a lei natural e as responsabilidades que implica são negadas, abre-se dramaticamente o caminho para o relativismo ético no plano individual e ao totalitarismo do Estado no plano político. A defesa dos direitos universais do homem e a afirmação do valor absoluto da dignidade da pessoa postulam um fundamento. Não é exatamente a lei natural este fundamento, com os valores não negociáveis que indica?".

Por fim, o Santo Padre salientou que a profundidade do pensamento do santo dominicano surge de sua fé e devoção fervorosa. "Não o esqueçamos nunca", pediu.

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