Acesso ao Blog - 25/10/2009

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terça-feira, fevereiro 22, 2011

Explicando o Reconhecimento Pontifício

RECONHECIMENTO PONTIFÍCIO – O QUE SIGNIFICA ISSO?


Algumas pessoas gostariam de entender melhor o que significa, afinal, um “reconhecimento canônico a nível pontifício”. Nada melhor que contar nossa história, para que os fatos nos ajudem a entender.
Quando nascemos, em 1982, não fazíamos a menor idéia do que era uma fundação, uma associação, um instituto. Queríamos apenas atender ao apelo do Espírito a nos inquietar acerca dos jovens que não conheciam Jesus ou estavam afastados da Igreja. Não pretendíamos fundar nenhuma comunidade e não imaginávamos o que era um Carisma. Desejávamos tão somente entregar nossa vida a Jesus para a evangelização, especialmente dos jovens.
Ao longo do tempo, fomos tendo notícia de algumas comunidades novas, especialmente Madonna House, noCanadá e Canção Nova, no Brasil. Uma palestra do Pe. Jonas Abib em Baturité (CE) – “Deus quer comunidades” – mostrou-nos que era não só possível como também vontade de Deus que se formassem comunidades leigas a serviço da Igreja a partir do modelo de Atos 2 e 4. Ora, era exatamente este o nosso sonho longamente acalentado.

Após experiência de algumas semanas de vida comunitária, recebemos a ordem de Deus de irmos em frente. Aos poucos, percebemos que Deus nos havia dado não somente um apostolado, mas, sobretudo, um Carisma novo. Com temor e tremor passamos a perceber cada dia mais nitidamente que Deus realizava uma obra nova no meio de nós. Em fevereiro de 1984, os primeiros cinco irmãos começaram a viver em comunidade. Ainda neste ano e em 1985 foram escritas as primeiras Regras de Vida e redigidos os primeiros textos sobre a inspiração de Deus para a comunidade nascente.

Sempre desejosos de viver a serviço da Igreja e em obediência a ela, fomos buscando sua orientação através dos nossos bispos. Percebemos que, para estar em plena comunhão, precisaríamos ser juridicamente reconhecidos por ela. O primeiro passo seria a redação dos Estatutos da Comunidade segundo as normas eclesiais e sua submissão ao discernimento do Arcebispo de Fortaleza. Após muitas e sérias provações e purificações no seio da comunidade, nossos primeiros Estatutos, foram aprovados por D. Cláudio Hummes, então arcebispo de Fortaleza.
Esta primeira etapa chama-se “reconhecimento canônico a nível diocesano”. Tal reconhecimento, recebido na oitava de Páscoa de 1998, foi, ainda, em nível de experiência, durante sete anos. É o que se chama, em linguagem técnica, “reconhecimento ad experimentum”. Depois destes sete anos, a comunidade poderia ser aprovada a nível diocesano e em caráter definitivo.

Logo após o reconhecimento diocesano como “Associação Privada de Fiéis Leigos”, a comunidade, sempre a pedido dos senhores bispos, começou a expandir-se também para outros países: Itália, França, Israel, Suíça, Canadá, Inglaterra, Argélia, Uruguai. Este fato, para nós, foi sinal de Deus de que deveríamos iniciar um processo de reconhecimento “a nível pontifício”. Isso significa ser reconhecido como uma “Associação Internacional de Fiéis”, isto é, a serviço não mais somente da Igreja local (isto é, da diocese ou arquidiocese), mas a serviço da Igreja no mundo inteiro.

Após novas e dolorosas provações a nível comunitário, demos entrada no nosso Estatuto junto ao Pontifício Conselho para os Leigos, no Vaticano, órgão encarregado da missão e vida dos leigos na Igreja. Era outubro de 2004. Desta forma, submetíamos à Igreja de Roma nosso Carisma, nossa Vocação, nossa história, nossa forma de vida, nosso passado, presente e futuro. Desejávamos que a própria Igreja nos examinasse e discernisse:

1.a autenticidade do nosso Carisma

2.sua utilidade para a Igreja em qualquer lugar do mundo

3.e que nos desse o caridoso, paternal e indispensável auxílio de sua custódia e orientação para que vivêssemos em unidade e serviço eclesial a graça que acreditamos ter recebido de Deus.

Iniciamos um período fecundo de oração, purificação e abandono nas mãos de Deus e da Igreja. Após o processo canônico ter sido interrompido pela páscoa de João Paulo II e o período exigido para a substituição do Prefeito para a Congregação da Doutrina da Fé, que se havia tornado o novo pontífice, os Estatutos continuaram a ser examinados pelas diversas instâncias e dicastérios do Vaticano.

Finalmente, recebemos a grande notícia: nossos Estatutos - e, com eles, nosso modo de vida, nosso Carisma, apostolado e vocação, viriam a ser reconhecidos oficialmente pelo Vaticano, isto é, a nível pontifício. O documento de participação deste reconhecimento chegou-nos no dia 02 de fevereiro, data imensamente significativa: apresentação do Senhor no Templo, dia em que o Filho de Deus foi introduzido no Templo pela primeira vez, dia no qual Simeão o proclamou Luz das Nações.

A assinatura do Decreto da Santa Sé será datada do dia 22 de fevereiro de 2007, dia da Cátedra de Pedro. Nós, que nascemos aos pés de Pedro na pessoa de João Paulo II, durante o X Congresso Eucarístico Nacional, seremos reconhecidos mais uma vez aos pés de Pedro, no dia em que a Igreja festeja o mistério petrino. Duas datas mais que significativas, sinais claros da Providência para nós.

À espera da assinatura do decreto, em meio a indescritível alegria, celebramos nosso reconhecimento como Associação Internacional de Fiéis, a nível pontifício, em período “ad experimentum”. Nosso Carisma é autêntico! É obra de Deus, não fruto da imaginação de homens! É útil para toda a Igreja, em qualquer país do mundo! Isso nos é dito, de forma oficial, pela própria Igreja! Que grande júbilo! Que incomensurável responsabilidade! Que indescritível misericórdia de Deus!

Partilhamos com você nossa alegria e nossos passos ao longo do processo de reconhecimento canônico. A Igreja, Mãe e Mestra, acolhe e reconhece de forma oficial em seu seio misericordioso aquela semente plantada no coração de alguns jovens universitários em 1982, na então pequena cidade de Fortaleza, no então mais pobre estado do Brasil. Fica mais uma vez comprovado que o Senhor faz brilhar a Sua Glória escondendo Seus tesouros em pobres e indignos vasos de argila.

Ao nos vermos como a primeira “Comunidade Nova” brasileira reconhecida a nível pontifício e a terceira a nível mundial (as outras duas são Beatitudes, Emmanuel, ambas da França), só temos a louvar a Deus por Seus imensos benefícios, por Sua misericórdia imensurável, pela oração incessante da Mãe de Deus, pela especial intercessão do Servo de Deus João Paulo II, pelos irmãos e irmãs que ao longo de nossa história deram suas vidas em nossa vocação, pelos senhores bispos que sempre nos orientaram paternalmente, pela RCC, onde nascemos, e por todas as comunidades novas que nos honram e alegram com sua amizade, apoio, fraternidade e oração.

Bendito seja Deus para sempre!

Maria Emmir O. Nogueira
Co-Fundadora da Comunidade





PAPA BENTO XVI

AUDIÊNCIA GERAL

Quarta-feira, 14 de Março 2007
Amados peregrinos de língua portuguesa:
Os comentários feitos a pouco sobre Santo Ignácio de Antioquia, nos ajudam a seguir os passos de um santo mártir que lutou pela unidade com Deus e com a Igreja. Isto mesmo é o que hoje desejo para todos, ao encorajar-vos ser testemunhas da fé, em união com o Sucessor de Pedro.

Ao dar-vos as boas-vindas, saúdo a todos os presentes, de modo particular os grupos de portugueses e de brasileiros, neles incluindo a Comunidade “Shalom” de Fortaleza, com os votos de que leveis avivada a consciência de serdes Igreja missionária, desejosa de contribuir para a unidade de todos os homens na verdade e no amor! Com a minha Bênção, extensiva aos vossos familiares e comunidades eclesiais.



© Copyright 2007 - Libreria Editrice Vaticana



(Fonte Site Vaticano: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/audiences/2007/documents/hf_ben-xvi_aud_20070314_po.html)


Saudação em áudio
Clique aqui e ouça na íntegra a saudação do papa à Comunidade Shalom.

Catequese papal
Unidade de todo fiel a Cristo, a ponto de fazer-se seu imitador. Unidade do clero e dos fiéis com os bispos, que se traduza depois em anúncio do Evangelho ao mundo. Na Audiência Geral desta manhã, realizada na Praça São Pedro, Bento XVI falou aos cerca de 40 mil fiéis e peregrinos presentes, sobre a experiência de fé, chamada a uma síntese "entre comunhão e missão". E o fez, partindo das palavras de uma das personalidades mais carismáticas da Igreja primitiva: Santo Inácio de Antioquia.
"Não tomar, sem o bispo, nenhuma iniciativa naquilo que concerne à Igreja." Vem-nos da Igreja mais antiga _ aquela na qual se "sente o frescor dos primeiros tempos" e o eco de uma geração que "conheceu os apóstolos" _ um dos pontos firmes sobre o quais se rege a sua bimilenária tradição: a estreita comunhão entre as várias partes da comunidade cristã tendo o bispo como cabeça.
Em sua catequese, Bento XVI apresentou o exemplo de um célebre pastor de Antioquia, Santo Inácio, definido como "um doutor da unidade", graças à iluminada energia com a qual se opôs às heresias que começavam a difundir-se naquele tempo, nos primeiros anos do ano 100 depois de Cristo.
"Nenhum Padre da Igreja expressou com a intensidade de Inácio, o anseio à união com Cristo e à vida n'Ele. Na realidade, confluem em Inácio, duas correntes espirituais: a corrente de Paulo _ toda voltada para a união com Cristo, e a corrente de João _ concentrada na vida n'Ele. Por sua vez, essas duas correntes desembocam na imitação de Cristo."

Essa "irresistível propensão" de Inácio para a unidade com Cristo, observou Bento XVI, funda uma verdadeira "mística da unidade". Mas, explicou o papa, a unidade "no estado puro" se encontra "somente em Deus". Portanto, aquilo que os homens podem realizar "não é outra coisa senão uma imitação o mais possível conforme" ao modelo. Como o papa Clemente Romano _ outra figura eminente do Cristianismo antigo, proposta pelo Santo Padre na quarta-feira passada _ também Santo Inácio de Antioquia insiste com ensinamentos e imagens sobre o valor "da unidade fundamental que une entre si todos os fiéis em Cristo".

"É evidente a responsabilidade peculiar dos bispos, dos presbíteros e dos diáconos na edificação da comunidade. Vale, sobretudo, para eles, o convite ao amor e à unidade. Inácio, por primeiro na literatura cristã, atribui à Igreja o adjetivo "católica", isto é, universal. E, justamente no serviço de unidade à Igreja Católica, a comunidade cristã de Roma exerce, segundo ele, uma espécie de primado no amor. Como se vê Inácio é realmente "doutor da unidade".
"Em suma, é necessário se chegar a uma síntese entre comunhão da Igreja dentro de si e missão. E peçamos ao Senhor que nos ajude a encontrar essa unidade, que nos ajude a ser finalmente encontrados sem mancha, porque é o amor que purifica as almas" _ concluiu o papa.



Fonte: Rádio Vaticano





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